Para o vazio eu olho. Sem piscar e sem entender, perco vários minutos de muitas horas do dia, exercendo esse papel incógnito e insólito. O branco, o azul, o verde e entre outras cores que meus olhos conseguem ver, na verdade não fazer o menor sentido. Apenas vejo, lembro, penso e não entendo. Meus sagrados minutos, minhas sagradas horas, vão-se sem se perceber. Perdem-se no azul do céu, no verde das matas, na imensidão do mundo. Ilusões de otica, disfarçadas em céus e terras. Ali estavam, tudo que perdi. Ali eu vi, quem se foi, ali eu vi quem nem deveria ter ido. Parece que tudo some, some diante dos meus olhos abertos. Diante de mim, só o nada, diante de mim, só o vazio. Assusto-me acordado, acordo de um sonho incomum. Ali estavam tudo, no nada.
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