domingo, 29 de janeiro de 2012

Exite o erro.


Mente aquele que se diz certo ao extremo. Mente aquele que diz nunca sofrer, aquele que se diz nunca se importar, e o pior, aquele que diz nunca amar. Um cenário atípico de um coração partido. Uma visão privilegiada de um sentimento frágil, o outro lado, o lado de quem não sofreu. Diante das torturas do prazer, a razão se mostra autentica, firme. O seleto beijo passado, o abraço apertado do ultimo encontro, tal cenário atípico. Uma chance depois de concertar o passado, um presente me mantém no mesmo erro, disperso, perplexo. E eu, ora, erro sempre se possível for, perfeição fugiu à minha realidade, e meu medo, talvez um pouco menos existente, mas nunca descartado. Todos os conselhos dados, jamais foram aproveitados por quem os deu, e não poderia ser diferente. Elimine o erro, mas não a culpa. Destrua o sentimento, mas não o passado. Pois, eu errei.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Um dia que insiste em não acabar.


Tem um momento que suas emoções incidem, seu raciocínio infrige e seu rosto sua. Tem um momento que seu coração dispara, pro bem ou não. A certeza que levo no coração, diferente da razão, diferente do perdão, do orgulho ou de qualquer missão, é maior que tudo. A certeza incerta de um caminho escuro, louco, frio. As taquicardias que antes sentia, resumida em uma unica palavra, perda. Depois de tantos anos procurando um motivo pre seguir em frente, uma razão pra ser diferente, e mesmo assim deixar tudo passar por conta de insoluções que naão fazem sentido. Disfarçadamente eu caminho sozinho tranzendo pros pés os pedaços de sentimentos destruídos, coração partido e um pouco de amor. Sobre minha cabeça a lua que faz de minhas noites menos crua, menos dolorosa, menos vazia. No meu quarto escuro, um pouco de ar puro, tal ar que só consigo sentir do apagar das luzes onde ninguém consegue me ver. E o que é pior, é esse dia, que insiste em viver, insiste em não passar. O pior é essa tortura de não conseguir dormir, sequer deitar. Mas quando tudo acabar, como sempre consegui ficar, de pé voltarei a estar. Foco, força e fé.







quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Não existe razão.


Um dia certamente iremos entender o por que de tudo acontecer de forma tão indefinida. Por quais razões achamos que tudo é contra nossos ideais, contra nossas propostas. A verdade é que ainda não aprendemos a viver, que temos todas as ferramentas possíveis, mas não temos o conhecimento de como usa-las. Temos da vida um pedaço do que vivemos e uma interrogação do que viveremos. É incrível olhar para o lado e perceber que seu caminho toma rumos impressionantemente diferentes do que planejara. Percebe-se a falta de estrutura emocional em alguns, que impossibilita de tomar certos rumos sentimentais. É impossível tentar mudar o que ninguém planejou, expirar o que ninguém percebeu. Fazer de conta que é tudo tão natural quanto as folhas secas que caem na calçada, acreditar que tudo é tão singelo quanto o mar que se contém calmamente quando baixa a maré, difícil é encarar como natural um turbilhão de sensações, cobranças, expectativas que caem sobre você. E enquanto eu tendo entender como usar tais ferramentas, me contento com uma pratica completamente estranha. Eu não sei viver.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Discreto, apenas.


Incertamente acordei disposto, cansado das atuações passadas, de volta ao meu presente um tanto quanto vazio. Eu acordei, e somente acordei. Tinha tudo pra ser mais um dia comum, daqueles que eu levanto, almoço, deito, levanto, deito, e sigo esse ciclo infinito de mobilidade inútil sem fundamento e sem noção. Embora ainda assim, me sinto distante de tal fato, sinto que o tempo passou e eu preciso um pouco mais de mobilidade, ação, aventura, vulgaridade. Preciso mais de coisas que façam meu coração acelerar de medo, frustração, empolgação. Apenas isso. Há algo que normalmente não se diz, mas geralmente se sente. O telefone toca do outro lado até então não se sabe, quem te ligou infelizmente não tem a te dizer o que queres ouvir, mas é exatamente que esperava. As horas passam dentro de poucos minutos de conversa, há algo ali. São esses simples tipos de emoções que eu me refiro. Sentir a liberdade que eu tenho dentro de mim, que cada um tem dentro de si, um jeito diferente. Levantei, deitei, levantei, impossível considerar um dos melhores dias que vivi, impossível ser um dos piores, mas não foi um jeito comum de acordar. Ele, o coração, acelerou como nunca, senti que não era normal, senti que era hora de voltar. Mas, ainda tonto, não sei pra onde voltar, como, porque, em que. É difícil encarar uma aventura depois de tanto tempo de rotina assídua, de rotina ferozmente assídua. Acho que toda nossa ocupação nos impede de notarmos o quanto somos carentes de desejo, o quanto lutamos contra nós mesmos, a ponto de deixar pensarmos antes de nós. Quero sentir a brisa do mar, ao fugir. Quero viver a intensidade do bem querer ao infringir o certo. Certo? Questão discursiva, que eu prefiro chamar de momento. Um dia, quem sabe um dia. Talvez eu considere uma volta ao meu mundo, talvez uma passagem única, um momento único, talvez uma maneira de dizer “calma, eu estou chegando”. Tenho a certeza de não ter errado sempre e, é hoje, o que me fez levantar e não apenas isso. Há um rumo, tal que eu resisto a ver. Um furacão de sentimentos passará por sua vida, num momento frágil, num momento insólito. Proporcionarei-me o que até hoje ninguém foi capaz de me proporcionar, eu me proporcionarei o prazer absoluto de irracionais atitudes, irracionais conspirações, ah, sim. Eu vou sentir, eu vou vibrar, eu vou correr e pular, eu vou ouvir o mar, a musica que me acalma, a voz que me acalma, o jeito que me fascina e vou fugir dos amigos pra ficar sozinho, numa praça sob o olhar das estrelas, da lua de alguém e acima de tudo, eu voltarei. Espero não dormir, e voltar a meu ciclo infeliz. Discreto.