sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sequer.


Sequer tentei. Sequer desisti. Sequer errei, no intuito de insistir. Sequer recebi de bom grado. Sequer entendi que se aproximaram de mim, porque assim teriam o que precisavam. Sequer entendo o mundo, os outros, os povos. Sequer reconheci o que jamais deveria ter esquecido. Pensei em situações inimagináveis. Não me reconheço em meio a tanas mentiras e falsidades. Farsas, infrações. Decepções. Sequer mudei à me adaptar, ja nem sei mais se é certo continuar, ou desistir, tanto faz. 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O que me resta.


Ainda estou vivo, sim. Ainda tenho sonhos, sim. Ainda ando, sim. Ainda estou aqui, sim. O que ainda me resta, o que ainda me falta, me sobra, me consola?. Me resta a dor, o rancor, a aceitação. Me resta o inicio, fim, meio ja nem sei. Me resta a decepção, os defeitos, medos e acertos. Fico também com os receios intituláveis, os mistérios inadiáveis e os complementos insaciáveis.  Com a desconfiança, a cobrança, a inquietação. Fiquei com o passado mais presente que tudo, o futuro incerto e o obscuro. Restou a satisfação, a empolgação, a alegria. Restou o ressentimento, as desculpas, os pensamentos, os risos. Por ironia, me restou a felicidade, satisfação, a esperança. Me restou os bons amigos, meu grande amor a minha família. Me sobrou entender, que a vida vai ser melhor quando eu aprender a viver.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

De que eu preciso?


...eu preciso de inspiração. Eu preciso de quem me entenda, não me cobre, não me cubra, não me sufoque. Eu preciso de amizades verdadeiras e sentimentos verdadeiros. Eu preciso de quem se disponha à andar comigo e não me deixe parar. Preciso de você que me diz amar sem fim, de você que me diz nunca querer se separar de mim. Preciso do sol a nascer todos os dias, da lua a brilhar todas as noites. Eu preciso dos campos ainda verdes, dos pássaros ainda voando, das águas ainda indo e vindo. Preciso do céu azul, do "azul" de seus olhos. Do seu olhar radiante e de seu carinho sem fim. Preciso dos perdões, preciso aprender a perdoar. Preciso aprender a valorizar mais ainda quem eu amo, aprender a lidar com emoções diferentes e sensações distintas. Preciso usar o emocional ao meu favor, os favores a ceder. Mas o certo é que me acerto de qualquer jeito errado. Amo infinitamente, a reciproca não sei dizer. E de que eu preciso, tente ao menos entender.

domingo, 10 de julho de 2011

Eu estava lá


Eu vi as pedras serem submersas pelas águas, eu vi a água invadir a areia, eu vi a areia sumir aos meu pés e meus pés cansarem ao andar. Eu senti a brisa mar. Eu vi o velejar dos barcos, o surfar das pranchas a vida a viver. Eu senti o calor do frio, a sensatez da mentira, o ferir do olhar. As línguas se diferenciavam e os rostos pareciam ser iguais. Eu ouvia vozes, eu ouvia música, eu sentia o sol. Tremi ao nadar e sofri ao andar, feliz por um momento e um momento nada mais. A salina na pele e o sorriso no olhar, infelizes aqueles à acreditar que a vida é bem menos que amar. Acredito que não vi tudo, mas eu estava sim, eu estava lá.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Valeu, tempo


Houve um momento em que desacreditei de tudo. Houve um momento em que desconfiei de amores, amizades, do mundo. Existe certos momentos em que tudo que se faz, de nada serve. Tudo que serve, de nada adianta. Meus carmas, meus pesadelos, meus medos e defeitos, ficaram aparentes durante muito tempo e o tempo nem ai pra mim. Me esforcei pra estar aqui,e aqui nem sei se estou. Meu lugar que jamais encontrei e meu destino que nunca entendi. Mas, viriam me mostrar que nada nessa vida faz sentido, não aparentemente. Que o percurso não importa, que os meios não se valem, que o amor tudo muda. Valeu, tempo, por me mostrar que esperar e insistir valem a pena, que o desespero iludi a razão, que o medo cega a verdade, que o sentimento vale quando é verdadeiro. Valeu, tempo, por me mostrar que estou onde quis estar sem ao menos tentar passar por cima de ninguém, valeu por me abrir os olhos para as besteiras que tentei fazer, os delírios que não vingariam, os absurdos que me julgariam. Em um piscar, tudo em minha volta mudou, em outro piscar tudo voltou ao, até então, normal. Que ironia, que loucura. Quanta coisa aconteceu sem eu nem me mover, sem eu sequer me envolver. Que agora seja como está, e se assim está, que seja. 

terça-feira, 5 de julho de 2011

Vazio


Ando por aí, ao léu, ao nada. Uma vez que me disseram "vai com Deus", jamais consegui voltar, jamais consegue voltar ao meu estado natural, sensível, amigável. Existem mil e uma razões para eu estar inativo. Mais das vezes eu supri a necessidade da presença de vocês, com o ódio que trazia, com a dor que eu sentia os medos que me consumiam. Preciso desesperadamente sentir mais uma vez, o que jamais senti. Saudades do que não vivi, medo do que não viverei. Mas a verdade é que não sei, não sei o que é, ou quem é, não sei de quem tenho saudade, de que tenho saudade, mas o vazio que trago é o que me acompanhará, sempre.