Um dia que não passa. Um dia em que volta todo o passado, e me faz refletir cada vez mais. Um dia onde eu caminho olhando pro chão, sem entender porque está acontecendo tudo isso, procurando explicações pra tanta tristeza. Pedras que chutei, folhas que rastei, lágrimas que derramei, em vão. Ninguém ali pra enxugar minhas lágrimas, acalmar meus prantos. Só o consolo do motor dos carros, o barulho do rio, a maresia dos pensamentos, o cansaço no olhar, as lentas passadas. As pedras que pelo caminho deixei, me perseguem, ganharam vida, vieram me buscar. Tudo que deixei de lado, em função de uma unica coisa, me martiriza muito, um tudo, por um nada, é assim que me sinto. É constante meus sentimentos. As lágrimas seguras, por constrangimento, escondem um sorriso que foi tão frequnte. Nem posso chorar, o que vão pensar, o que vão dizer, ainda tenho que me cuidar, não adianta parar de viver. E quando as portas se fecham e as chaves se giram, as gotas salgadas escorrem o rosto, torturado de dor. Dor essa que me acompanhará o resto da vida. De todos os planos, é que tenho mais saudade.
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