A 'hora' que passou do tempo

Existe um limite imaginário dentro de nós. Existe um ponto de saturação de certas coisas na qual é impossível suportar. Um dia me propus a sair correndo e jogar pro alto tudo que não me fazia bem, sem querer acabei voltando pra onde estou, pra onde deveria estar bem longe. Falta carinho, falta respeito, falta privacidade. Falta a convivência, falta o amor. Nem tudo pode ser levado em consideração, em quentes questões, quando não mais faço parte de uma sociedade feliz e próspera. Dentro de mim também há esse limite, e ele chegou ao seu ponto máximo. Agora é hora de mudar tudo em volta, de errar e acertar de maneiras diferentes das que costumo, hora de dar valor a quem eu realmente preciso, desprezar que só me faz mal. Agora é hora de sentar pra chorar e levantar pra seguir. É hora de não me preocupar com o que pode vim, com o que pode ir, com o que pode e o que não pode. Chegou o momento de me desfazer de atrasos, de reclamações, gritos, palavras de baixo calão, friezas e memorias. Chegou a hora de me despreocupar com o que pode acontecer, com o que virá pra me refazer. Saiu de jogo a vontade, a conveniência e entrou em campo a questão de tempo. Tempo, é tudo que eu preciso pra me livrar, me livrar de todos esses carmas.