sexta-feira, 29 de abril de 2011

Um caminho descontínuo.


Meus ouvidos, meus tormentos. Eu ouvia as letras de uma música que um dia já me fizeram sonhar. Uma letra que um dia me fez sentir o melhor. Duas da madrugada, toca meu celular, sem ter com quem falar, acaba por desistir. Quem sabe assim, eu me livrava do que não queria mais sentir. Enquanto a música tocava, um sentimento que voltava, lágrimas que escorriam, pensamento que viajava. Ora, porque. Tanto tempo. Acho que se eu pudesse voltar no tempo, talvez nada mudaria, ou talvez eu nada faria. Porque o destino insiste em por no meu caminho, um caminho que já lutei pra desviar. Desviei e aqui estou. Foi só um momento de fraqueza, que não voltará a acontecer. Que bom que você chegou, pra me fazer esquecer o que passou. O que passou, ou que eu ja nem sei mais o que foi. Simplesmente... foi. E se foi. De vez. Deus, meu viver, me mostrou a ser independente, independentemente do que aconteça. Que ironia do destino, me repõe em uma situação tão ... passada, tão inesperada. Quando eu me vi, revivendo tudo que não gostaria mais nem de lembrar, quando eu vi um filme passar em minha cabeça, todos os sorrisos, todas as lembranças, os gestos, os gostos, os beijos, os doces. Tudo. Um filme tão aterrorizante e tão bom. Um dilúvio de emoções, assim posso destacar o que senti naquele momento, aquela música, aquela lágrima, aquele beijo. Cheguei ao meu destino, insensato, insensível. Insistir em não levantar, não poderia deixar ninguém me olhar. Frustrado eu me ergui, andei, me concertei e segui, deixei pra trás o que eu vivi ali dentro, deixei o que vivi aqui fora e fui. Esqueci. 

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