terça-feira, 19 de abril de 2011

Contra corrente


Remando em uma direção contraria à indicação das placas de aviso. Despreocupado com o que possa acontecer, a procura de uma cachoeira pra me jogar, um mar pra velejar, ondas gigantes onde eu possa surfar, as mais altas ondas. Olhar para o mar, sentar na areia, descansar de tantos tombos. Contraria a direção, certo o caminho, mas eu não me preocupo com o que vão dizer, nem fazer, afinal eu não tô nem ai. Só quero lembrar, esquecer e pensar, depois pegar as ondas, deixar o mar me levar. Só o mar. Com o sol sobre meu corpo, a areia sob minhas costas, a água sobre meus pés. O som das ondas, o barulho dos navios, dos carros. Relaxante sensação, quem diria. Um refúgio natural. Preciso me desconectar, esquecer por uns dias, viver outros diferentes,  mudar um pouco a rotina. Mas, ao mesmo tempo, quero intensamente viver tudo de vez, acabar com tudo logo, e fazer tudo errado. Um erro simplório, ingênuo, lindo. Errar assim é muito bom. Navegar sem destino, e me entregar completamente. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário